terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Entre a realidade e a ficção: sobre exorcismos, possessões e outros fenômenos anômalos

Uma entrevista com Everton Maraldi e Maciel Santos

Quando um jornalista nos convida para uma entrevista, logo nos armamos de todo o arsenal de informação disponível e passamos o máximo possível de dados e referências sobre o tema abordado, sempre na expectativa de abrangermos tudo o que for de mais relevante. Toda essa preocupação, porém, é logo frustrada quando adquirimos a revista e nos damos conta de que apenas uma pequenina parcela de tudo aquilo que havíamos falado ou escrito foi realmente publicada. Paciência... Isto é parte do trabalho de um jornalista: conciliar as diversas fontes de informações em uma única matéria, frequentemente, de poucas páginas. 
O fato é que, dessas conversas, muito material é arquivado e fica depois à disposição para uso. Foi assim que, relendo algumas de nossas entrevistas para jornalistas da Super Interessante e da Galileu, acabamos por encontrar uma boa quantidade de textos que mereceriam conhecer a luz do dia. Na pauta: relatos de exorcismos, fenômenos de possessão e outras histórias e narrativas cinematográficas intrigantes, analisadas do ponto de vista científico e psicológico. Especialmente aos leitores de “A psique da fé”, segue uma compilação de todo o material encontrado.

Uma leitura psicológica de “O exorcista” 

1.    O senhor [Everton Maraldi] já teve a oportunidade de assistir ao filme "O Exorcista", de William Friedkin? O que achou dele? Verossímil, delirante, apelativo? Quarenta anos depois, a que o senhor atribui o indiscutível sucesso do filme, que inspirou um sem-número de produções do gênero?
 
Everton: Posso me recordar do grande impacto que o filme me causou ao assisti-lo. Creio que um filme de terror obtém êxito justamente quando consegue atiçar nossos medos, fragilidades e tendências supersticiosas de forma consistente, valendo-se de recursos aparentemente realistas e de uma narrativa ficcional convincente. Não quero dizer com isso que os fenômenos paranormais apresentados em “O exorcista” sejam necessariamente legítimos para além da ficção; quero dizer apenas que o filme conseguiu atingir para muitos o seu objetivo, isto é, o de assustar e entreter. O mérito de “O exorcista” foi, talvez, o de dramatizar a situação da personagem Regan de um modo que a aproxima do espectador. Há um cuidado no filme em explorar o drama da jovem e de sua mãe em busca de uma solução para as estranhas alterações de comportamento apresentadas pela menina. Isso tudo ajuda a humanizar a narrativa, a torna-la verossímil, apesar dos evidentes exageros nas manifestações demoníacas.
O filme também retrata os próprios dilemas e hesitações do padre Karras (que também era psiquiatra) frente ao emprego do exorcismo como forma de tratamento. Nesse sentido, a estória nos leva a refletir, mesmo sem grandes aprofundamentos, sobre as resistências no interior de uma instituição religiosa a qual, em nosso mundo secularizado e burocrático, perdeu muito de sua velha e dogmática autoridade para convencer e curar (talvez não seja por acaso que ambos os padres – Karras e Merrin – morrem ao final).
É um filme que carrega, de certa maneira, uma crítica implícita ao poder da psiquiatria, à sua obsessão por diagnosticar e tratar todo e qualquer sofrimento humano. O filme fala de um poder obscuro e tenebroso no interior de uma menina aparentemente dócil, uma força amedrontadora contra a qual os profissionais se viam impotentes. “O exorcista” fala de algo dentro de nós que não aceita subjugação, que não aceita a autoridade externa, que imaginariamente subverte até as leis da natureza, que assusta e impõe. Para mim, o filme fala de uma menina que não era apenas meiga, que era muito mais do que isso, mas que, por algum motivo, não conseguia viver sua sombra, sua agressividade, desobediência e sexualidade de um modo socialmente aceito. Não lhe restava alternativa senão viver, de maneira dissociada e doentia, aquele lado escondido e obsceno de si mesma e dos outros pela representação de um demônio, de uma figura repugnante e aversiva, o oposto da imagem infantil que dela havia sido feita.  A magia de “O exorcista” está em capitalizar sobre esse conflito humano universal, o da repressão e da dissociação, explorando nossos medos e anseios mais primitivos.


 
A perspectiva científica
 
2.    O filme "O Exorcista", adaptado a partir do romance homônimo de William Peter Blatty, retrata alguns fenômenos paranormais, como levitação, psicocinese (poltergeist) e possessão demoníaca. Uma pessoa pode demonstrar conhecimentos aos quais nunca teve acesso antes? Esses fenômenos podem ser explicados à luz da psicologia anomalística? Em outras palavras: como é vista e explicada a força sobre-humana apresentada por alguns indivíduos que se acredita estarem possuídos por espíritos ou demônios?
 
Everton: a psicologia anomalística é uma área que historicamente emergiu daquilo que se conhece como parapsicologia. A psicologia anomalística estuda alegações de fenômenos anômalos ou paranormais de uma perspectiva eminentemente psicológica, e é geralmente mais cética quanto a essas alegações, embora não desconsidere a possibilidade de que alguns desses fenômenos existam. O interesse da psicologia anomalística é muito mais o de investigar as implicações dessas experiências para a compreensão que temos da memória, da formação das crenças, e de outros processos perceptivos, emocionais e sociais. Para conhecer mais a respeito, confira aqui o importante trabalho realizado nesse sentido pelos membros do Inter Psi – Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais da USP:
Quando avaliamos alguma alegação dessa natureza devemos sempre levar em conta que existem muitas explicações possíveis, e que cada caso é um caso. Em primeiro lugar, nunca é demais lembrar que não é possível avaliar cientificamente a existência de um processo desse tipo com base apenas em filmes, uma vez que já sabemos de antemão que os fenômenos ali produzidos são efeitos especiais. Na vida real, os mecanismos envolvidos podem variar desde a fraude, passando por certas falhas e vieses de memória ou de percepção, até a ocorrência efetiva de alguma anomalia científica, isto é, de algum fenômeno novo ou ainda não inteiramente explicado com base nas teorias e concepções aceitas.
 
Maciel: É importante lembrar que diversos fenômenos anômalos não foram explicados, mas não significam que não aconteçam, pois são relatos frequentes de experiências significativas para as pessoas, que precisam ser levados em conta. O objetivo da ciência, com estas análises, não é descartar a possibilidade da existência de seres espirituais ou que estes mantenham relacionamento com os seres terrenos. Esta função é para outra área do conhecimento, como a teologia e a própria religião. A ciência busca o rigor em suas análises e experimentos. O objetivo é desenvolver técnicas de investigação adequadas, para que possamos auxiliar as pessoas a terem respostas concretas sobre seus problemas e assim passarem por tratamentos possivelmente mais adequados.
 
Levitação existe?
 
Everton: Respondendo a sua pergunta sobre a levitação, o que podemos dizer é que as evidências disponíveis para a ocorrência de tal fenômeno são bastante questionáveis, e se reduzem quase por completo a truques de mágica, truques de câmera ou à experiência alucinatória de estar levitando (a qual pode ocorrer durante práticas religiosas e meditativas), sem que haja, no entanto, qualquer base concreta para o fenômeno em si. A maioria desses relatos é anedótica e não houve controle experimental suficiente para afastar a hipótese de fraude ou hipóteses psicológicas. Existem alguns casos bem documentados na história da parapsicologia de médiuns como Daniel Dunglas Home (1833-1886) e Indridi Indridason (1883-1912) que teriam sido capazes de levitar e de manifestar outros fenômenos sob condições de observação mais rigorosas, porém, tais casos são muito antigos, alguns de seus aspectos já não podem mais ser verificados, e praticamente o que nos resta é opinar sobre o conjunto de evidências disponível ou procurar por fontes históricas adicionais.


A suposta levitação de D.D. Home
 
Manifestações de espíritos?
 
Everton: Isso também se aplica a boa parte das alegações antigas de fenômenos espíritas como as chamadas materializações de espíritos. Embora esses fenômenos tenham sido averiguados por eminentes cientistas dos séculos XIX e XX (a exemplo do prêmio Nobel de medicina Charles Richet, 1850-1935), os quais chegaram, algumas vezes, a atestar sua veracidade, já não encontramos hoje com tanta frequência esse tipo de relatos, como bem observou o pesquisador Ian Stevenson em seu artigo “Thoughts on the decline of major paranormal phenomena”:

 
 Na verdade, parece que quanto mais a tecnologia e os meios de verificação avançam, mais as alegações paranormais ostensivas diminuem – o que sugere, talvez, que muitas delas poderiam ter sido fraudulentas ou ilusórias, embora os cientistas da época não tivessem sido capazes de descobrir isso com os meios de que dispunham. Parte significativa dessas observações antigas se baseava não em registros fotográficos, mas meramente no testemunho de pessoas cuja moral era tida como ilibada. Muitos pesquisadores também cediam às exigências dos supostos espíritos, e não controlavam adequadamente a observação dos fenômenos, feita várias vezes na total escuridão ou penumbra das sessões espiritualistas vitorianas (Conferir Zangari, Maraldi & Machado, 2010 e Maraldi, Zangari, Machado & Krippner, no prelo). Recentemente, na Alemanha, um médium relatou ser capaz de realizar as mesmas proezas da literatura espiritualista antiga, e está sendo investigado pelo eminente estudioso Stephen Braude. As avaliações dele sobre o caso são ainda inconclusivas. Para saber mais a respeito, confira aqui: 

Acesse aqui a apresentação de Stephen Braude

Possessão
 
Everton: A possessão pode ser definida como uma experiência em que o sujeito acredita estar sob o domínio de uma ou várias entidades sobrenaturais. Historicamente falando, os demônios ocuparam por diversas vezes essa função, sobretudo no mundo Ocidental. No entanto, em algumas culturas ou contextos religiosos, acredita-se também que a pessoa esteja sob o controle ou a influência de espíritos desencarnados, e até de figuras animalescas ou seres elementais. Psicologicamente, a possessão já foi explicada de muitas maneiras, desde a neurose histérica, passando pelas psicoses (esquizofrenia, paranoia), até o que se chama hoje de Transtorno Dissociativo de Identidade (conhecido no passado como Transtorno de Múltiplas Personalidades). Alguns pesquisadores também falam em um Transtorno de Transe Dissociativo.
 
Maciel: A alegação de possessão é aceita por várias culturas em diferentes períodos. E as entidades possuidoras recebem diferentes nomes dependendo da crença e região. Em religiões cristãs observamos possessões tanto pelo Espírito Santo quanto pelo Demônio, nas seitas indianas há relatos de possessão pelos deuses cultuados naquela região, como a deusa Kali ou Santoshi Maa. E assim, cada crença cultiva suas entidades possuidoras. Diversos estudos realizados na área da psicopatologia sugerem que estes fenômenos são produtos de sugestão, tanto do ambiente externo quanto interno. Geralmente, alegações de possessão são confundidas com distúrbios emocionais como depressão, irritações, fadigas ou pesadelos e também com doenças mentais como esquizofrenia, síndrome de Gilles de la Tourette, entre outras.
 
Everton: Mas é bom deixar claro que nem sempre a possessão está associada à doença mental. Uma série de critérios diagnósticos deve ser preenchida para que se estabeleça uma diferenciação. Os casos patológicos são geralmente aqueles em que o indivíduo não controla o transe e a alteração de identidade, o que causa sofrimento, afetando sua vida social e profissional. A capacidade crítica também pode ser comprometida nesses casos, e as crenças do sujeito sobre o fenômeno podem não ter o respaldo de um grupo de referência (um grupo religioso, por exemplo) ou serem delirantes. Há também uma série de explicações psicossociais sobre a possessão que não tem relação com doença. Em seu livro “O êxtase religioso”, o antropólogo Ioan Lewis relata diversas situações em que a experiência de possessão teria oferecido certos ganhos ao indivíduo supostamente “possuído”.

Compre aqui o livro de Ioan Lewis
 
Em certas comunidades, mulheres ganhavam presentes de seus maridos em resposta às solicitações das entidades, e se beneficiavam de outras mordomias que não tinham como obter por meios usuais. Lewis também traz casos em que a pessoa pôde expressar, sob o transe e pela suposta intervenção de um espírito, desejos e vontades (sensualidade, poder, afirmação) não permitidas a ela sob outras circunstâncias, como uma espécie de catarse. Dentro dos contextos religiosos, também é importante frisar que vários fenômenos psicossociais concorrem para que a possessão ocorra, como a crença das pessoas, o ambiente sugestivo, o treinamento grupal para vivenciar uma alteração de consciência, e outros processos semelhantes à hipnose, que fazem com o que organismo inconscientemente reaja às expectativas coletivas (e.g., convulsões, falar em línguas etc.).
 
Maciel: É importante enfatizarmos o aspecto sugestão. Em geral, quando a pessoa está em estado dissociado, “possuída”, ela só relata que está possuída se realmente acredita neste fato e então suas atitudes serão de acordo com características esperadas da entidade possuidora. Se não tem a crença em entidades possuidoras e não convive com pessoas que mantêm a mesma opinião, tenderá a atribuir esses distúrbios a outros fatores, como doenças mentais. No caso do demônio, segundo a cultura, tal entidade tem características peculiares como força extrema, repugnância a objetos divinos, conhecedor de artes ocultas, enfim, é um ser dotado de faculdades sobre humanas. A pessoa ao acreditar que está possuída, incorpora as características desta entidade.
 

Haveria algo de autêntico nos fenômenos de possessão?

 
Everton: Embora algumas das manifestações espirituais possam parecer autênticas, havendo inclusive o fornecimento de informações convincentes sobre a vida de outra pessoa (como quando o demônio no filme O exorcista fala com o padre Karras usando a voz da mãe dele para perturbá-lo), esses acertos podem ser explicados quase sempre como casos de leitura fria, comunicação não verbal e confirmação subjetiva (atribuir a si mesmo uma generalização que serviria para qualquer um).
 
Maciel: Ao fenômeno em que o indivíduo fala em línguas desconhecidas, mas existentes, dá-se o nome de xenoglossia. Quando simplesmente fala em línguas estranhas, talvez imaginárias ou inexistentes, damos o nome de glossolalia. Em geral, sabe-se que uma pessoa não pode falar em outros idiomas se não foi, de algum modo e em algum momento, exposta a essas línguas. Há situações em que as pessoas, quando submetidas à hipnose, conseguem se lembrar de palavras ou frases estrangeiras que haviam tido contato no passado, mas se esqueceram. Frases soltas não significam que a pessoa domine um determinado dialeto. No caso que inspirou o filme O Exorcista, fato ocorrido com um garoto de pseudônimo Robbie, há relatos de que quando estava em estado dissociativo, “possuído”, dizia palavras em latim, mas um dos padres exorcistas reconheceu as frases e disse serem tiradas do ritual romano de exorcismo.
 
Everton: É preciso reconhecer, todavia, que o parapsicólogo Ian Stevenson relatou um caso interessante de possessão com informações aparentemente verídicas:
 
Também é famosa na literatura da pesquisa psíquica a médium Leonora Piper (1857-1950), que é conhecida por ter “intermediado”, com grande exatidão, várias pessoas falecidas, tendo sido exposta aos mais rigorosos controles experimentais. A interpretação desse tipo de evidências, por outro lado, é ainda objeto de grande debate, uma vez que a hipótese de o médium ter obtido tais informações por meio de percepção extra-sensorial não foi totalmente eliminada do ponto de vista experimental.
 
Maciel: A percepção extra-sensorial ou ESP (Extra-Sensory Perception) é a possível faculdade de o ser humano adquirir informações do meio ambiente, sem a utilização dos sentidos conhecidos. Os mecanismos envolvidos são ainda desconhecidos e há quem duvide das evidências. Divide-se ESP em três modalidades: clarividência (visão de eventos muito distantes), precognição (acesso a eventos futuros) e telepatia. Uma revisão da literatura mais importante sobre esses temas pode ser encontrada neste interessante livro de Dean Radin, já traduzido para o português:
 
O que há por trás dos relatos de fenômenos poltergeist?
 
Everton: Graças ao trabalho de um psicólogo chamado William Roll (1926-2012), sabe-se que uma parte significativa dos casos de Poltergeist investigados nos Estados Unidos envolvia pessoas jovens (como Regan em “O exorcista”) em conflito com figuras familiares e de autoridade. Os testes psicológicos revelaram que essas pessoas apresentavam níveis elevados de dissociação e costumavam reprimir sua própria agressividade. Roll acreditava que esses fenômenos eram inconscientemente produzidos por esses indivíduos no intuito de atingir o objeto de seu ódio ou revolta. Há relatos de casos em que a própria pessoa foi vítima de objetos que misteriosamente voavam em sua direção, de queimaduras espontâneas ou de outras formas de fenômenos considerados paranormais. Roll, como outros parapsicólogos, acreditava que esses eventos eram causados pela ação da mente sobre a matéria (psicocinese). No entanto, muitos desses casos podem ser explicados como fraude deliberada ou decorrente de algum transtorno, bem como fenômenos físicos naturais interpretados como resultantes da ação de espíritos. É verdade que existem experimentos de laboratório sobre psicocinese que sugerem a possibilidade de algo anômalo ocorrer, mas os resultados desses estudos são geralmente muito pequenos e inferidos por meio de análise estatística, e não se comparam, por exemplo, com as manifestações que vemos no filme “O exorcista”. Há também uma longa controvérsia sobre o que significam exatamente essas evidências laboratoriais. Há algumas teorias, mas ainda é difícil controlar satisfatoriamente tais fenômenos. 
 
3.    Algumas cenas de "O Exorcista" ficaram famosas, como aquelas em que Regan MacNeil (Linda Blair) se masturba com um crucifixo, profere obscenidades ao padre ou dá um giro de 360º graus na própria cabeça. Essas cenas são plausíveis de acontecer? Ou, então, não passaram de "licença poética" do diretor do filme?
 
Everton: Uma pessoa emocionalmente perturbada ou demasiadamente rebelde e avessa a convenções sociais talvez pudesse se masturbar com um crucifixo ou proferir obscenidades frente a uma autoridade religiosa. Esse tipo de comportamento é possível, por exemplo, em pacientes com transtornos psicóticos durante episódios de surto ou quando não há um adequado controle e tratamento da doença. Eu diria também que certos ativistas antirreligiosos radicais poderiam agir de tal modo (por que não?) simplesmente como uma crítica ou repúdio à religião instituída. Agora, quanto ao surpreendente giro de 360º da cabeça de Regan, eu não só duvido que alguém tenha conseguido fazê-lo, como também que tenha sobrevivido para contar sua experiência...
 
Everton de Oliveira Maraldi possui graduação em Psicologia pela Universidade Guarulhos. É mestre e doutorando em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da USP e é membro do Inter Psi – Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais da USP. Seus principais temas e áreas de pesquisa são: psicologia social da religião, dissociação e transtornos dissociativos, self e identidade psicossocial, experiência anômalas.
 
Maciel Santos da Silva é publicitário, formado na Universidade Cidade de São Paulo. Sócio e diretor da agência Yan Comunicação. Ex-membro do Inter Psi ­– Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais – sediado na USP, onde iniciou o projeto de pesquisaFenômenos anômalos e possessão, investigação de relatos.
 
Revistas onde consta parte das entrevistas originais:
Revista Super Interessante – Novembro de 2006, edição 232.
Revista Galileu – Dezembro de 2013, edição 269.
 
Para saber mais sobre esses temas, confira a participação de Everton Maraldi no programa Superpop da Redetv, com Luciana Gimenez. Para assistir ao programa completo, basta seguir os links informados no próprio site: 

2 comentários:

  1. A ciência consegue explicar como uma criança ou uma pessoa de baixo conhecimento, no caso de uma possessão consegue falar idiomas que desconhece?

    ResponderExcluir
  2. Oi Adriana, parte da sua resposta pode ser encontrada no próprio texto acima, na seção "Haveria algo de autêntico nos fenômenos de possessão?". Mas para complementar o que foi escrito, pode-se dizer as evidências disponíveis são muito variadas e ainda insuficientes para demonstrar a existência desse tipo de fenômenos. Há alguns casos relativamente bem documentados de crianças e adultos que supostamente falavam em idiomas estrangeiros, sem aprendizado prévio, mas boa parte dessas evidências tem uma interpretação dúbia, embora alguns autores defendam sua validade. Caso queira se informar mais, eu sugiro a você que leia o livro "Xenoglossia" de Ian Stevenson, com tradução para o português. Um abraço.

    ResponderExcluir